Você está em: Notícias»Câmara de Arapongas cassa mandato de vereador denunciado por agredir mulheres

Câmara de Arapongas cassa mandato de vereador denunciado por agredir mulheres

Câmara de Arapongas cassa mandato de vereador denunciado por agredir mulheres
A Câmara de Arapongas <https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/cidade/arapongas/>, no norte do Paraná, cassou o mandato do vereador Paulo César de Araújo, conhecido como Pastor do Mercado (DEM), que foi preso e acusado de agredir mulheres <https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2022/02/01/vereador-de-arapongas-e-preso-suspeito-de-agredir-tres-mulheres-incluindo-uma-idosa.ghtml>. A votação que definiu pela cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar terminou na madrugada desta terça-feira (3). Foram 13 vereadores com votos favoráveis e uma abstenção. Pastor do Mercado está preso em Londrina e foi ouvido na sessão por videochamada. Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná <https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2021/07/20/violencia-contra-mulher-veja-os-canais-de-denuncia-disponiveis-no-parana.ghtml> Vereador de Arapongas é indiciado por agredir mulheres <https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2022/02/11/vereador-de-arapongas-e-indiciado-por-agredir-mulheres.ghtml> O vereador suplente, Pardini (DEM), havia sido convocado para a cadeira na Casa, quando houve o afastamento de Araújo por causa da prisão. Ele, a partir da decisão da câmara, passa a ocupar a vaga em definitivo. A assessoria da Câmara Municipal de Arapongas <https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/cidade/arapongas/> informou que Paulo foi denunciado à Justiça em 14 de fevereiro. O advogado Sergio Luiz Barroso, da defesa de Paulo César de Araújo informou que pretende "buscar na Justiça a anulação do processo de cassação, porque não obedeceu a legislação em vigor, não respeitou os princípios do contraditório e da ampla defesa". Ainda conforme o advogado, Paulo foi cassado "apenas com as declarações prestadas na Delegacia de Polícia, as quais não foram ratificadas no processo", e houve cerceamento de defesa durante o processo, "dentre outras razões, pelas quais vamos demonstrar que a cassação foi uma decisão política que não respeitou os principais jurídicos". O inquérito que investigou o parlamentar foi concluído pela Polícia Civil no início de fevereiro, quando Paulo Araújo foi indiciado por lesão corporal contra as vítimas. Se condenado, a pena prevista é de um a quatro anos de prisão. Conforme as investigações da Polícia Civil, uma das três mulheres agredidas pelo vereador é idosa, e precisou passar por cirurgia após as agressões. Em outro caso denunciado, as agressões quebraram o nariz de uma das vítimas, segundo a polícia. Denúncia de agressões De acordo com a polícia, as agressões ocorreram em 2021. Uma idosa que foi agredida sofreu várias lesões no braço. Uma das vítimas, que não quis se identificar, disse em entrevista à RPC que o vereador a atingiu com um soco. "Eu passei perto dele, ele pegou, puxou meu braço e falou: 'Oi, porque você não veio me cumprimentar?' Mas falou de um modo rústico, meio agressivo. Eu falei: 'não, você que chegou, você que tem que cumprimentar.' Daí eu passei por ele e ele veio atrás, me ofendendo, me xingando. Eu só virei para ele e disse: 'você não tem o direito de me ofender só porque você é vereador.' Continuei andando. Ele veio atrás de mim me xingando, me ofendendo. Aí eu parei na parede de uma cozinha e de repente ele me deu um soco, sem eu esperar", disse a vítima, à época. O vereador estava no segundo mandato. Ele foi preso no final de janeiro, horas após participar de uma sessão na câmara.


© 2024 - Desenvolvido por Lancer